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domingo, janeiro 28, 2007 

Estratégias empresarias a favor do desenvolvimento sustentável

Há mais de uma ano que não divagava sobre qualquer assunto no económicas. Muito devido a ter feito uma “digressão” pela Europa de leste como estudante de Erasmus. Ao mesmo tempo que escrevia para outro blogue, "Praga pelos meus olhos", relatando as minhas aventuras diárias. A juntar a isso, dei início a um projecto que já trazia à algum tempo, na construção da minha página pessoal. Como tal, o económicas ficou desactualizado durante um longo período de tempo, mas não esquecido!
Para provar que espero continuar a vê-los por aqui a navegar durante bastante tempo trago-vos um tema inovador: Strategies that Enrich the Poor and Build Corporate Brands


Este é o tema da 2ª Conferência Global sobre Responsabilidade Social realizada nos próximos dias 15-17 de Fevereiro em Vilamoura.
A ideia deste debate consiste em mostrar alguns exemplos realizados pelas mais reputadas marcas no mundo que adoptaram novos modelos empresariais para países em vias de desenvolvimento (PVD). Partem do princípio de negócio, com o objectivo de conquistarem novos mercados mas, promovendo melhores condições de bem-estar nestes países. Consiste numa abordagem complementar ao método tradicional do sector privado no que respeita à ajuda aos PVD, alinhando os seus objectivos empresarias com os objectivos do Millennium das Nações Unidas. Sobretudo no que respeita aos comum processo de ajuda dos países ricos aos países mais pobres baseada na perspectiva da solidariedade e dos donativos, que mais não constituem, referem alguns especialistas como sendo “remédios esporádicos e de efeito cosmético, sem poder efectivo para a resolução dos problemas económicos e sociais que afectam esses países”.

A ideia utilizada por estas empresas centra-se num princípio de Base da pirâmide (BOP). Que resumidamente se centra sobre a produção de produtos com base nas necessidades e das características das regiões e das sociedades a que se destina. Com este intuito, muitas empresas já começam a operar desta forma, sobretudo nos PVD onde os recursos são escassos, que passa sobretudo por: novas soluções tecnológicas e pela definição de uma nova equação entre as componentes preço, produto, distribuição e comunicação que tornem possível a absorção dos produtos e serviços nesses mercados.
Porém, não nos podemos esquecer do objectivo primordial das empresas: obter lucro. E por isso, é de ressalvar que esta iniciativa não surge por acaso. Estamos a falar de um mercado com mais de quatro mil milhões de potenciais consumidores, estando as empresas inteiramente interessadas em fazer negócio junto destas comunidades.

Exemplos:

• Para vencer os obstáculos da distribuição da Índia rural, caracterizada por uma rede rodoviária deficitária e sem a presença das grandes cadeias ocidentais, a HLL em parceria com uma instituição financeira promoveram uma iniciativa empresarial junto de mulheres de cidades rurais, ajudando-as a criar o seu próprio negócio através do microcrédito, fornecendo-lhes os conhecimentos e as ferramentas necessárias para o sucesso do seu pequeno negócio, contribuindo para a duplicação do seu rendimento e criar melhores condições para as suas famílias.

• A Porcter & Gamble foi outra empresa que contribuiu com o seu saber para. Juntamente com outras ONG promoveu um projecto (PUR)para gerar água potável nos PVD através de um produto que agora é vendido à população a um preço reduzido e acessível à generalidade da população: 0,10 dólares por 10 litros de água. Desde que foi introduzido, o PUR já distribuiu mais de 260 mil milhões de litros de água potável pelos mercados do Paquistão, Quénia, Uganda, Haiti e República Dominicana. Sendo igualmente utilizado em situações de emergência e de catástrofe nacional no Bangladesh, Zimbabué, Sudão Etiópia, Iraque e nos países devastados pelo Tsunami na região do Sudeste Asiático.

• Para combater o flagelo que avassala o segundo maior pais com mais casos de Sida no continente americano, o Brasil, a Johnson & Johnson ofereceu um donativo de 2004-2005 à Associação Saúde de Família num projecto em Sapopemba, que contribuiu para aumentar o acesso à prevenção contra o vírus a mais 108 mil mulheres e adolescentes. Num segundo projecto, a Johnson & Johnson contribui para um estudo de um ano tendo como alvo 30 mil mulheres e adolescentes no Ceará que colidiu com mais de 25 mil contactos porta-a-porta informando sistematicamente a população sobre a importância da prevenção no combate da Sida, ao mesmo tempo que eram distribuídos preservativos e feito gratuitamente vacinação à Hepatite B e testes ao HIV e à sífilis.


Muitos outros exemplos poderia enunciar, porém, acho que a mensagem importante a ressalvar destas estratégicas por parte das grandes empresas mundiais é a cada vez mais se notar a preocupação e a sua envolvência nas comunidades que estão inseridas. Nem que seja com o intuito de “agradar” aos consumidores. O importante é estas estratégias serem levantes avante e apesar de o lucro ser o objectivo primordial destas empresas o papel que o sector privado pode desempenhar nas comunidades é imenso e fundamental para afastar definitivamente do mundo flagelos vergonhosamente sustentados pela comunidade internacional como é a pobreza, a sida, as discriminações raciais e religiosas.

Para saberem mais sobre esta problemática não deixem de ir ao sítio do “World Business Souncil for Sustainable Development”.

Luís

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